Guerra de milícia em Curitiba?
Uma execução, com mais de 150 tiros disparados contra a vítima, nesta manhã de sexta, 17, chama a atenção para a possível presença de milicianos em Curitiba. O alvo foi o ex-PM Aderson Lobrigatte, 38 anos, que estava em um carro Mercedes acompanhado de um mulher. O crime foi na Rua Jose Rodrigues Pinheiro, no bairro Capão Raso.
Apesar dos vários disparos de fuzil e pistola 9mm, ela foi levada com vida ao hospital. Já Lobrigatte morreu na hora, com o corpo cravejado por 100 balas, inclusive no rosto e cabeça. Nem mesmo a blindagem do carro resistiu as rajadas das balas de fuzil calibre 556.
O delegado Thiago Filgueiras, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), confirma a suspeita de que execução ocorreu porque ele estava envolvido com a morte de um outro militar. A morte seria resultado de uma possível briga entre possíveis facções.
O caso chama a atenção de autoridades locais a cerca de um possível acerto de contas. Lobrigatte foi expulso da Polícia Militar do Paraná após a Corregedoria Geral da PM instaurar um inquérito e concluir sobre o envolvimento dele em um ataque a moradores da Vila Corbélia, também no Capão Raso.
Entenda o caso.
Investigações apontam que Lobrigatte e um outro policial realizaram um ataque aos moradores da Vila Corbélia em retaliação a morte de policial em dezembro de 2018. Vídeos mostraram o ex-PM e outri colega da farda armados e com coletes balísticos da PM atirando contra as casas do meio da rua.
No mesmo dia, um incêndio destruiu as casas da vila, durante a madrugada. Moradores relataram que o incêndio é uma represália da polícia pelo assassinato policial militar no bairro. Ninguém morreu e não houve feridos pelo incêndio. Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 300 casas foram atingidas.